Olá ! Está na hora de falar da incrível ilha de Bora Bora. Ela tem um status de paraíso e não é por menos, e vamos detalhar o que faz ela ser tão especial.

Bora Bora – a famosa ilha

Nós já falamos sobre como ir para a Polinésia Francesa e sobre o deslocamento da ilha principal até Bora Bora (além de Bora Bora para Moorea de avião e de Moorea para Papeete de barco / ferry / balsa) e deixamos dicas de sites e telefones importantes, então vamos começar falando da experiência a partir da aproximação do avião na ilha e vamos dar todas as dicas de Bora Bora que temos !

Chegando em Bora Bora

O aeroporto de Bora  Bora é em uma ilha. Parece engraçado, mas é isso mesmo: é uma ilha dentro da ilha!  Então não tem acesso de carro, só de barco. Cheque com o hotel que vai se hospedar sobre o transfer. Alguns hotéis possuem transfer de barco que te pegam direto no aeroporto. O Sofitel, 4 Season, Le Meridien são alguns exemplos, bastando informar o horário de chegada do voo (e muitos não tem custo extra). A gente fez tudo pelo e-mail e foi super fácil. Nem sempre a resposta é rápida, portanto faça com antecedência, mas funcionou muito bem.

Para os hotéis em que o transfer não pega no aeroporto há um barco coletivo que leva até a “doca” na ilha principal, aonde você pode pegar o transfer de carro para o hotel. Nós recomendamos já deixar o transfer agendado com o hotel. Esse momento da chegada em Bora Bora é quase mágico e estar com tudo pronto evita contratempos. Afinal, stress não combina com Bora Bora. Lembre da dica que demos no post sobre o deslocamento entre as ilhas e sente do lado esquerdo do avião!

Já no aeroporto, do lado do pier, escondida atrás de uma fileira de árvores, existe uma pequena praia que não pode ser usada, mas dá para fotografar e é bonita. Serve como um “bem vindo ao paraíso” e aquecimento para as  belezas da ilha.

Aeroporto de Bora Bora
“Estacionamento” dos transfers
Praia do aeroporto
Nosso transfer
Nosso transfer
Indo para o hotel

Onde ficar em Bora Bora

Bora Bora tem uma variedade de hotéis que atendem todos os bolsos. Desde ultra luxuosos resorts até pequenas pousadas de moradores locais. Um bom ponto de partida para pensar onde ficar é ver o valor e disponibilidade no Trivago.

Nós ficamos no Sofitel Private Island, um hotel que fica em uma ilha privada junto do Aquarium (ou Lagoon, que é uma das atrações que tem por lá – apesar do nome, é no meio do mar, para nadar com snorkel). Então os maiores detalhes serão sobre ele. A escolha do Sofitel envolveu vários fatores pessoais, que para nós fazem muita diferença mas que para alguns pode não ter nenhum peso, então a gente vai explicar para que fique fácil entender nossa decisão e ver se pode ser aplicada a viagem de vocês.

O primeiro ponto que chamou a nossa atenção foi a privacidade. É um hotel bem pequeno, já que fica em uma ilha ( ou Motu, como dizem por lá). Por ter poucos bangalôs, o número de hóspedes seria menor. E nós não gostamos de agito no hotel, porque seria nosso ponto de descanso e relax (som na piscina é algo que detestamos, por exemplo).  

O segundo ponto é que os bangalôs sobre a água são em um ponto que dá pé. Então você desce para o mar com o pé no chão. E por ficar na área adjacente do Aquarium, uma atração de lá , a água é incrível (ok, não consegui achar uma água que não fosse incrível em Bora Bora, mas conversando com alguns viajantes de outros hotéis e suas vistas/mares, chegamos a conclusão que realmente foi uma ótima decisão que tomamos.

O terceiro ponto foi a vista. Além do Motu ter uma vista legal para ilha principal de Bora Bora (inclusive do monte Otemanu), ainda possui um mirante ótimo, com cadeiras e mesas. Até o restaurante tem uma vista linda, mais de cima. 

O quarto ponto foi que poderíamos utilizar toda a estrutura do Sofitel Marara, que fica na ilha principal (piscina, praia, spa, etc – mas quem está hopedado no Marara não pode ir para o Private Island). Há um transfer de barco disponível o dia todo (até as 23h). Basta passar na recepção e solicitar. Durante todo o tempo que estivemos hospedados usamos direto e o tempo de espera era baixo.

O hotel tem alguns mimos que são legais: ao chegar no aeroporto você é recebido com um colar de flores (quase todos os hotéis fazem isso) e vai para o barco. É um transfer exclusivo do Sofitel e nós éramos os únicos hóspedes. Chegando no hotel havia um nativo tocando ukulele para nos recepcionar, e trouxe uma água de coco gelada de boas vindas. Com o sol que estava, foi ótimo. A cama do quarto estava decorada com flores e tinham duas garrafas de água no criado mudo.

Todo dia de manhã há reposição dos itens do frigobar: dois sucos, dois refrigerantes, duas cervejas, duas águas com gás e duas águas sem gás sem “custo extra” (ok, pelo preço do quarto deveria ser open bar….rs) e toda noite eles passam dando mais duas garrafas de água (ou deixam no criado mudo). Chá e café solúvel tem também no quarto, para usar com chaleira elétrica. Há uma máquina de Nespresso e eles dão 4 cápsulas sem custo por dia (dois normais, dois descafeinados).

Nosso hotel fornecia gratuitamente máscara e snorkel, então foi um peso a menos para levar na mala. Cheque se seu hotel também tem essa opção. E na hora do ckeck-out eles cuidaram de tudo. Recebemos no dia anterior uma carta que era mais ou menos assim:

“Em uma ilha paradisíaca no meio do Pacífico, o casal Guto e Maclau ficaram tão entretidos que acabaram esquecendo que tinham que ir embora. Mas a gente já providenciou tudo, para que vocês não precisem se preocupar….”

E aí vinha com instruções sobre o horário do nosso transfer, o melhor horário para deixar o quarto, fazer check-out, etc. A carta foi um mimo a mais e gostamos bastante!

Visão do hotel na chegada, pela lancha
Pier do hotel
Mirante com vista para parte do Aquarium e o hotel Intercontinental no horizonte
Vista do outro mirante
Caiaques para utilização e uma das praias particulares do hotel
Bangalôs visto da praia
Café da manhã – Vista do restaurante

Notamos que no Sofitel Marara tinha uma cabana de praia bem legal. Ficava realmente a poucos passos da areia, com uma vista linda. O Intercontinental Le Moana, que víamos do nosso hotel, também é muito bonito e a vista dos bangalôs é linda. O Le Meridien, 4 Season e o Intercontinental Thalasso ficam na “borda” do recife de corais de Bora Bora, então qualquer deslocamento até a ilha principal demanda um pouco mais de tempo (mas nada tão demorado assim também).

Ficar em bangalô sobre a água ou não?

Vamos ser realistas: Bora Bora é um destino caro (muito caro mesmo!) e o tipo de viagem que a gente faz uma vez na vida se não tem uma conta bancária gorda. E os bangalôs sobre a água são mais caros ainda mas proporcionam uma experiência única. Se o orçamento permitir, opte sempre pelo maior número de dias possível no bangalô. Agora se ficar muito caro, dividir a estadia para ficar pelo menos dois dias no bangalô “overwater” e o restante no bangalô ou quarto normal já vale a pena. Só programe para fazer os passeios no dia que estão no quarto normal e aproveitem os dias do bangalô ficando nele mesmo.

Depois desse visual, não dá vontade de voltar para São Paulo de jeito nenhum ! E o bangalô na água ainda pode permitir um show de imagens do sol nascendo ou se pondo !

Quantos dias é bom ficar em Bora Bora

Aqui vamos entrar em uma polêmica. Quando a gente estava organizando a viagem e procurando informações sobre o destino acabamos lendo muito e em vários sites tinha a informação de que “mais de 4 dias é desnecessário”. Somos do contra e optamos por 6 dias na ilha e na nossa opinião, dá para ficar muito mais se o saldo bancário permitir. Quanto mais tempo na ilha, mais tranquilo para curtir, fazer passeios, ficar na praia, conversar com moradores, ir em diferentes restaurantes, etc.

Como a gente falou no post sobre a viagem de ida para a Polinésia, o tempo total de hospedagem no Tahiti (ou Taiti) tem papel importante na hora de decidir o total de dias em Bora Bora (mas sempre achamos que tem que optar pelo máximo disponível, claro…rs).

Para quem vai ficar apenas uma semana, de 3 a 5 dias em Bora Bora e talvez mais 2 em Moorea. Como nós ficamos duas semanas optamos por ficar um dia inteiro em Papeete na chegada e na saída. E foi uma ótima decisão porque conseguimos  descansar da longa e cansativa viagem e chegar em Bora Bora renovados e prontos para curtir ! Mas vamos falar mais de Papeete no post só sobre a ilha principal do Taiti.

O que levar na mala

Bora Bora é uma ilha/praia que faz calor, então roupas leves devem ser a base da mala. Não esqueça de levar as sapatilhas para mergulho que protegem os pés dos corais, é super importante e evita que um machucado atrapalhe a viagem. Em alguns locais pode existir o peixe pedra que é muito venenoso e se pisar nele descalço pode acabar com a viagem. Se tiver GoPro leve também para filmar e fotografar as experiências de snorkel/mergulho, leve cartão de memória de grande capacidade (e um reserva, caso precise). Protetor solar e repelente não podem faltar na mala, dá para comprar na ilha mas é muito caro. Se for no hotel pior ainda (mesmo no mercado não vale a pena).

Quanto ao tipo de roupa vai de cada um, como a gente não tem perfil “formal/social” optamos por roupas esporte. Porém é comum ver gente de social em jantares e restaurantes, então a regra é vestir-se como quiser. O Guto optava normalmente por bermuda com camiseta (ou pólo) para não derreter com o calor, e chinelo quase o tempo todo! A Maclau preferia vestidos, saias, chinelo e rasteirinhas.

Leve também uma necessaire com remédios básicos para dor de cabeça, dor de barriga, enjôo, gripe, anti alérgico, anti inflamatório, curativo, antisséptico, etc. Lembre que em Bora Bora não tem “farmácia 24h” e o atendimento médico pode ser mais difícil dependendo da complexidade. Então ter em mãos uma mini farmácia para emergência pode ajudar em um imprevisto.

Perto do nosso hotel tinha um mini mercado, o Tiare Market. Aproveitamos  para comprar alguns petiscos e bebidas em geral toda vez que passamos por ele. Dá para economizar muito se optar por consumir do mercado ao invés do hotel já que a diferença de preço nos itens é bem grande (pelo menos entre 2x a 3x mais caro no hotel). O mercado vende macarrão instantâneo (tipo Cup Noodles por USD 3,75), refrigerante por USD 1,10, pão e até um prato de peixe cru fresco, um tipo de PF de ceviche Polinésio, que custava USD 8 (no hotel um prato parecido era na faixa de USD 28). A cerveja Hinano custava USD 2,8 no mercado e entre USD 6-8 no hotel (a Hinano é a cerveja local mais conhecida e tem três tipos: Normal, Gold e Ambreé. Nós gostamos mais da Ambreé).

O que fazer em Bora Bora

Bom, parece meio óbvio, mas nós achamos que a primeira coisa é curtir o hotel ! Com um quarto fora do comum, nada como aproveitar a varanda de frente para o mar, mergulhar, ver os corais, etc. Assistir o nascer e o por do sol também são eventos ótimos e dependendo do local que está hospedado fica ainda melhor. Tivemos um pouco de sorte e o sol nascia na frente do nosso bangalô, conseguíamos acompanhar ele se pondo pela lateral, sentados na espreguiçadeira.

Além do hotel, Bora Bora tem um número enorme de passeios e atrações com preços que vão desde USD 50 até mais de USD 800 por pessoa. Não vamos entrar no mérito sobre o que é legal fazer ou não porque é uma questão extremamente pessoal, mas vamos contar um pouco sobre nossa experiência para ajudar na decisão de vocês. 

Alugar scooter, carro, carro elétrico

Nós queríamos dar uma volta na ilha (que é pequena) e conhecer os canhões da segunda guerra mundial, como o tempo estava ótimo, optamos por alugar uma scooter 50cc. Quem não tem habilitação de moto ou quer o conforto de um carro com ar, também tem essa opção de locação ( dá para alugar inclusive um mini carro elétrico). A Avis que é a locadora, fica próxima do Sofitel Marara, mas eles possuem o serviço de pegar o cliente no hotel e levar até a locadora (na hora da devolução também levam de volta ao hotel – existe um outro escritório deles em Vaitape, a vila principal). Pedimos a reserva da scooter na recepção e combinamos a hora de pick-up no nosso hotel. Como a locadora fecha as 17h esse é o prazo limite para devolver e não ter que pagar adicional.

Reservando pelo hotel a tarifa é a mesma, então aproveite essa facilidade do concierge e ganhe tempo para admirar a beleza do lugar sem preocupações. Optamos por locar com seguro e gasolina inclusos e isso custou USD 86. A scooter era uma Peugeot (não tem no Brasil) e estava bem nova. Gostamos muito da experiência de dar a volta na ilha, parando em vários lugares para tirar foto, conhecer, etc. Tem uma praia chamada Matira (Beach) que é linda e é a única pública de Bora Bora. Existem dois pequenos locais, um ao lado do outro ( o menor chama Otoamana) onde é possível comer com um valor bem honesto admirando o mar transparente e a areia branca. Vale a pena uma parada para conhecer e fotografar.

Nossa Scooter

Matira Beach

Saímos da Matira que é próxima da locadora Avis e fomos em sentido dos canhões da segunda guerra , mas alguns minutos depois ao fazer uma curva, um mar azul lindo apareceu e resolvemos parar. Isso se repetiu várias vezes…muitas surpresas agradáveis ao longo do percurso. Chegamos no acesso aos canhões e tivemos que pagar USD 5 por pessoa porque é uma propriedade particular, mas posso dizer que valeu a pena, porque depois de uns 7 minutos de caminhada em uma trilha chegamos na “Big Rock” (foi como a atendente do local chamou). É uma pedra grande (ah,não diga ! kkk) mas o interessante mesmo é a vista que tem de lá. Na hora que vimos, achamos 5 dólares barato! rsss.

Porém, para chegar nos canhões a partir da Big Rock, ainda são mais uns 10 minutos de caminhada. Em alguns momentos a vista é de tirar o fôlego mesmo para quem não está nem aí para os canhões; elas compensam a caminhada.

Trilha para os canhões
Canhão da Segunda Guerra Mundial
Visual durante a trilha

Existe um pequeno centro comercial em Bora Bora que é em Vaitape, é lá que tem banco, pier, supermercado, loja de lembrancinhas e uma pequena feirinha de artesanato. Tudo muito simples e que contrasta com o luxo dos resorts. Estar com a scooter também permite que você conheça alguns restaurantes para ir depois, dá para saber a localização, ver o menu, faixa de preço, horários, etc. Muitos também possuem o serviço de leva e traz, portanto vale a pena perguntar para não gastar com taxi/transfer sem necessidade.

Procure reservar antes porque normalmente as melhores mesas são as que ficam cheias mais rápido e chegar sem reservar pode implicar em ficar longe da água (ou ter que esperar muito) por exemplo. Nós paramos para tomar uma coca cola no bar/lanchonete Aloe, é um lugar simples mas simpático e dá para comer com um valor menor do que dos restaurantes. Quem quiser tomar um drink ou comer em um lugar mais famoso, pode ir ao Bloody Mary´s que é um dos mais conhecido da ilha.

Nós tentamos almoçar em um restaurante que achamos passando de scooter mas estava fechado. Aliás, os horários para almoço e jantar são praticamente iguais em todos os lugares: almoço acaba 14h e jantar 21/21:30h. (Ter atenção para não perder a refeição é importante mas na pior das hipóteses dá para pedir comida no quarto). 

Bom, decidimos ir novamente até Matira Beach e sentar em um dos restaurantes para comer. O lugar é bem simples e caseiro, então, quem procura luxo não vai se sentir confortável. Pedimos uma porção de peixe cru para cada um, uma porção de arroz e duas coca colas (como o Guto estava pilotando, não podia beber) e tudo isso deu USD 30 (nos hotéis só um prato custa isso). A comida estava deliciosa e almoçamos vendo aquela praia que já dissemos, é um espetáculo à parte.

Passeios de barco

Aqui eu acho que é uma unanimidade: tem que fazer pelo menos um. Qual? Novamente vai depender do bolso e estilo dos viajantes. Tem aluguel de catamarã, passeio privado, volta na ilha, por do sol em veleiro, etc.

Nós optamos por um passeio (coletivo) que teria volta na ilha, um almoço em um Motu e nadar com tubarões e arraias. Seguindo a dica de um casal de brasileiros que conhecemos no hotel, ligamos para o Nono Tour e agendamos o passeio. O valor total seria de 190 dólares para o casal (bem mais barato que os 120 dólares por pessoa que havíamos visto no hotel), como eles elogiaram muito, achamos que seria uma boa. No dia do passeio eles ficaram de pegar a gente no hotel às 9:30 mas quando deu 9:45h e não tinham aparecido, ligamos lá e aí veio uma desculpa que o barco tinha dado problema no motor e não haveria o passeio. Como eles não avisaram a tempo e todos os passeios saem 9:30h, não tínhamos mais opções e por ser nosso último dia inteiro na ilha, ficamos  meio que perdidos por um tempo.

Aí a gente passa pelo momento de ódio, de raiva, de desespero….. Mas em bora Bora não dá para ficar estressado mais do que 2 minutos. O Guto lembrou que na praia aonde estávamos havia locação de pequenos barcos para quem não tem Arrais (habilitação para pilotar barcos) e sugeriu que fôssemos ver como funcionava, para avaliar se valia a pena. Como a ilha é cercada de corais sabíamos que o trânsito de barcos não é tão fácil, mas conversando com eles percebemos que era totalmente possível fazer o passeio em segurança sabendo o básico de náutica. Depois de um pouco de hesitação, fechamos o aluguel por 4h no valor de USD 160.

Deixamos uma caução de USD 20mil no cartão de crédito (isso foi o que deu mais medo…hahahaha). Fomos então para a parte das instruções sobre o barco: funcionamento do motor, detalhes de partida, etc. Eles também dão um celular resistente a água para acompanhar no passeio ( e em caso de dúvida ou problema poder falar com eles), deram também um mapa plastificado da ilha com as indicações de bóias e locais proibidos para navegação. Já navegamos muito, mas esse era um barco de alumínio pequeno com um motor de 6hp, então tem alguns detalhes interessantes.

Por exemplo: se o Guto estava pilotando sentado do lado direito, a Maclau tinha que estar do lado esquerdo para equilibrar o barco. Dizendo isso vocês podem imaginar que nos primeiros minutos ficamos tensos porque além de tudo, ainda tínhamos que seguir as regras náuticas e passar as bóias conforme a cor (por dentro/fora). Aos poucos fomos relaxando e quando vimos já estávamos passando pela Matira Beach, mas dessa vez, pelo prisma de quem está dentro do mar. Sensacional!

Nosso objetivo principal era nadar com arraias e tubarões e no mapa que eles fornecem tinha a localização dessa atração, parecia simples, mas como é natureza e a área era grande, talvez tivéssemos que procurar um pouco mais. Depois de um tempo de passeio chegamos no local e vimos alguns barcos de turismo,então foi realmente fácil achar o ponto. Como não fazíamos parte dos grupos, não quisemos ancorar ao lado dos barcos e paramos a uns 80 metros de distância. O legal é que nessa área, mesmo sendo no meio do mar, é raso, então é descer do barco e curtir (PS: altamente recomendável usar o sapato de mergulho/neoprene/borracha para evitar se machucar).

Descemos do barco e começamos a procurar os nossos novos amigos do mar. Logo veio uma arraia pequena e depois um tubarão galha preta. As arraias vem em cima da gente, quase pedindo carinho e dá para fazer carinho nelas porque são muito dóceis. Já o tubarão só passa perto e a recomendação é não encostar.

O que aconteceu na sequência foi surpreendente: os guias dos barcos chamaram a gente para chegar mais perto e interagir com as arraias maiores que estavam próximas deles. O que sentimos é que não estavam preocupados por não termos feito o passeio deles, queriam tivéssemos a melhor experiência, independente de termos ou não pago o passeio oferecido pelas agências de turismo. Isso reflete um pouco como os nativos são: atenciosos, gostam do turismo, dos turistas e querem atender bem (algumas raras exceções, claro).

Saímos de lá e voltamos em direção ao nosso hotel parando em alguns lugares para mergulhar, fomos até o Lagoon que é atrás do “nosso” Motu para mais um mergulho e devolvemos o barco.

Nota do Guto – Para mim foram duas experiências maravilhosas: conhecer esses lugares e poder pilotar o barco. Fui o capitão Guto em Bora Bora, para nunca mais esquecer.

Já quem não tem esse espírito tão aventureiro e prefere não se arriscar à pilotar o próprio barco, recomendamos os barcos de passeio com o guia. 

Nosso “super” barco
Arraia vindo dar um “oi”
Tubarão galha preta (esse era pequeno, em torno de 80cm)

Caiaque

Nosso hotel (e quase todos), fornecem caiaque por empréstimo. No Sofitel Private Island não havia limite de tempo, então dá para pegar e usar bastante se o braço aguentar. Para nós, 2 horas foi mais que o suficiente. É um passeio gostoso porque dá para se afastar mais da costa, passar perto dos corais e com um pouco de sorte ver alguns animais, como arraias, golfinhos e uma infinidade de peixes maravilhosos!!

Jantar na praia / refeições

Existe um passeio que não é bem um passeio, é um jantar servido em uma praia, mais romântico… Eles montam mesas na areia, colocam luminárias sobre a mesa e em alguns casos tem alguma atração musical e/ou dança típica. Como no Sofitel Marara no sábado haveria um show com música e dança tradicional, optamos por reservar uma mesa na beira da piscina para apreciar o show ao invés desse jantar na praia (que inclusive é bem mais caro… na média de USD 160 por pessoa). Aí apareceu mais uma vantagem em estar no Sofitel Private: mesmo reservando um pouco em cima da hora, nossa mesa era uma das melhores. Dava para ver todo o show sem ninguém na frente e ainda ficava do lado do mar e da piscina. 

Praia do hotel Sofitel Private Island com as mesas sendo preparadas para o jantar, com vista para a ilha de Bora Bora
Mesa na beira da piscina e na frente do mar no Sofitel Marara

Restaurantes

Já falamos bastante da Matira Beach, não é mesmo? Mas ainda não acabou. Tem um restaurante que leva o nome da praia ( La Matira Beach Restaurant) e é muito gostoso, temos até uma história para contar dele. Fomos uma noite jantar lá (esse era o restaurante que no dia da Scooter estava fechado no almoço) e sentamos de frente para o mar. A entrada do restaurante é muito agradável, assim como ambiente das mesas. A menina que nos atendeu foi muito simpática, como estávamos em dúvida sobre o que pedir, perguntamos sobre vários pratos e ela explicou pacientemente. Em um dos pratos ela começou com “raw fish” e instantâneamente o Guto pensou: peixe cru! É esse!

Mas assim que o prato chegou ele quase teve um ataque: Tinha um peixe inteiro e enorme! Pensamos em um segundo: peixe cru, inteiro?!?!. E agora ??!!

A garçonete percebeu a cara de pânico do Guto e perguntou se queria que ela mostrasse como comer, ele rindo aceitou na hora ! Ela, com uma grande destreza foi com a faca tirando a pele do peixe. Aí o susto passou: o peixe estava cozido maravilhosamente, derretendo de macio e saborosíssimo. Então percebemos: na descrição do prato avisava que era cozido no vapor; o raw ao qual ela se referia era sobre o peixe ser inteiro e não cru. Uma pequena confusão que rendeu boas risadas na hora.

Recepção e salão do restaurante Matira Beach

O peixe inteiro que quase matou o Guto de susto
Uma parte do cardápio

Próximo ao Sofitel Marara ficava o Hotel Maitai e na nossa última noite, decidimos caminhar até lá para jantar. Esse hotel é dividido em dois: do lado da estrada fica um prédio com quartos “mais simples”, do lado da praia os bangalôs overwater e um restaurante. Eram apenas 800 metros de distância e optamos fazer o passeio a pé. A rua não é muito iluminada mas Bora Bora não enfrenta problemas com violência, então é super tranquilo caminhar por lá. PS: Em nossas viagens fazemos muita coisa a pé para ver e sentir melhor a cidade, é muito importante pra nós vivenciarmos o destino como um morador faz todos os dias.

Chegamos no restaurante e estava bem cheio, sem nenhuma mesa perto do mar, só que no canto tinham duas poltronas e uma mesa de centro que estavam ali, despercebidas pela imensa quantidade de pessoas. Acabamos sentando com vista privilegiada do mar, para o estranhamento da atendente por não se tratar de uma mesa para refeições. Fizemos nosso pedido, jantamos e foi ótimo.

Caminhando para o restaurante
Peixe cru (atum) no leite de coco com arroz de jasmim e pão para acompanhar – É o prato típico

No dia que saímos de Scooter vimos o restaurante Le St James , em Vaitape mas acabamos não indo por falta de tempo. Fica a dica pra os viajantes com os  horários, telefone e email de reserva.

Quanto custa comer em Bora Bora?

Quando estávamos planejando a viagem isso foi algo que complicou bastante porque a gente lia que era caro, mas não dava para saber direito o quanto gastaríamos por refeição. Não ter esse planejamento financeiro é complicado, então vamos contar um pouco dos valores que vimos (e pagamos). Basicamente nos hotéis e restaurantes os cardápios são parecidos, tem peixe cru, assado e carne vermelha, além de opção de salada. Os temperos e acompanhamentos variam um pouco.

Um prato de peixe cru no molho de coco e limão, que é o prato tradicional deles, custa entre USD 27 e USD 35. No Sofitel Marara tinha a opção de pedir esse prato tamanho “grande” (por USD 32) que serve duas pessoas se não estiverem com muita fome. Vem com arroz e pão, então em dias de apetite moderado é tranquilo dividir essa refeição e economizar um pouco. (com esse tipo de economia, conseguíamos comprar petiscos e drinks no mercadinho, chegar menos famintos ao restaurante e fazer refeições mais econômicas). Isso garantiu que pudéssemos conhecer restaurantes novos todos os dias.

Nos restaurantes mais gourmetizados, o mais comum é o prato individual, que custa a partir de USD 22 e pode chegar facilmente a USD 100 (lagosta, por exemplo), mas a média de um prato individual é USD 30. Bebida continua sendo cara: uma garrafa de vinho simples começa em USD 30~45 (varia de local e se é  branco/tinto/rosé) e vai até onde o limite do cartão de crédito permitir (sim, tem garrafa que passa dos USD 1000). Cerveja é na faixa dos USD 6~8 e refrigerante varia entre USD 4~6. Então, uma refeição para o casal pode sair de USD 50 (prato tamanho grande, com taxa de serviço e refrigerante/cerveja) e chegar facilmente aos USD 120 se cada um pedir um prato e um vinho (simples) para acompanhar.

Nascer e por do sol

Para quem gosta de ver esse espetáculo da natureza, Bora Bora pode mostrar mais um lado de uma beleza surpreendente. Já mencionamos isso antes, mas como o sol nascia na frente do nosso bangalô, acabamos assistindo à chegada do astro rei todos os dias, sentados no deck tomando um café (suspiro!!). Se estivéssemos no bangalô mais lateral não teríamos essa visão, porém existe um deck no hotel perfeito para assistir ). Aconselhamos fazer o download do app SkyMap (Android) ou SkyView (Apple) que mostra a posição do sol, da lua, das estrelas e ainda permite que avance no tempo (então dá para saber exatamente o local que vai acontecer o nascer e o pôr do sol, assim como à chegada hipnotizante da lua).

Como o fuso horário em relação ao Brasil é de 7 horas a menos e tudo se encerra cedo por lá, é fácil se adaptar aos costumes locais. Dormíamos e acordávamos cedo e isso garantiu aproveitamento máximo do nosso tempo no paraíso.

Show típico

Outro ponto que já mencionamos são os shows de dança e música tradicionais dos Polinésios. Nós assistimos no Sofitel Marara, sem custo (apenas o valor do jantar), gostamos do show. Embora esses shows típicos sejam direcionados ao turista, eles são uma adaptação dos costumes locais e isso faz com que a gente se aproxime um pouco mais da cultura do lugar. No geral é interessante, o som é contagiante e tem uma batida forte. Em determinado momento um nativo faz malabarismos com fogo. É ao mesmo tempo muito legal e muito aflitivo pois parece que ele vai se queimar (e acho até que por vezes se queima mesmo).

clique na imagem para ver o gif

Gorjeta e taxa de serviço

Nos restaurantes a taxa de serviço varia entre 4 e 13%, fica à critério do turista complementar com uma “caixinha” se achar necessário. Gorjetas também tem que entrar na conta final de quem está indo para a Polinésia, pois acabamos dando USD 5 (algumas vezes até mais) e no fim da viagem, percebe-se que facilmente se gasta de USD 100~200 com elas. Dar gorjeta para quem leva a mala ou presta um bom serviço é legal e eles gostam.

Aliás, uma experiência curiosa aconteceu com a gente: Jantávamos na beira da piscina do Sofitel Marara na segunda noite de nossa estadia, nossa conta deu USD 45 e a garçonete que nos atendeu tinha sido excelente. A Maclau quis dar uma gorjeta em dinheiro, ao invés de deixar na conta do hotel e sacou uma nota para entregar a ela antes de irmos embora.

Quando ela chegou, a Maclau entregou a nota e agradeceu o bom serviço. Na hora a garçonete arregalou os olhos e disse “Desculpa, não posso aceitar. É muito dinheiro”. Ao invés de uma nota de FP 500 (que são USD 5) a Maclau pegou sem querer uma de 5000 ( que são USD 50 ). Ou seja, a gorjeta seria mais do que o total da nossa conta e ela foi honesta a ponto de entender que a Maclau se confundiu e não aceitou. Bora Bora não tem só beleza natural; os Polinésios são um grande tesouro da ilha ! Tente sempre conversar um pouco com eles, é muito agradável e enriquece ainda mais a experiência.

Para quem não viu nosso post sobre como chegar na Polinésia Francesa, vamos reproduzir um trecho que é importante :

Moeda

Lá eles usam o Franco Polinésio, mas nos hotéis dá para pagar com Euro ou Dólar.  Nós optamos por trocar um pouco de dinheiro quando chegamos no aeroporto de Papeete para fugir da conversão no hotel que normalmente é pior do que na casa de câmbio. Para entender o valor do Franco Polinésio (FP) a melhor coisa é esquecer os dois últimos algarismos e “ler” o número como dólar.

Exemplo: 5000 FP –> 50 dólares

Bem mais fácil que converter direto para Real ou Euro

Melhor época do ano para visitar Bora Bora (e a Polinésia Francesa)

A Polinésia tem uma vantagem: não há grande variação de temperatura entre o inverno e o verão, por conta da localização próxima do trópico. Então a média de temperatura vai de 22 a 28 graus Celsius no inverno para 24 a 30 graus Celsius no verão. O que realmente muda é a quantidade de chuva: Entre Julho e Setembro é o período mais seco e de Novembro a Março a quantidade de chuva é maior e existe risco de tempestade (até furacão). A temperatura do mar segue essa média e também fica entre 22 e 26 graus, que é ideal para aproveitar !

Então é isso ! Esperamos que tenham gostado das informações e continuem acompanhando. Vocês podem ler também sobre Moorea e em breve vamos falar de Papeete.

Guto e Maclau

Telefones e contatos de hotéis, médicos e locais de interesse geral

Vamos colocar uma pequena relação, mas a completa vocês podem conferir AQUI

Passeio de avião

+689 87 346 326  www.tahitiairlagon.com

Casa de câmbio do Aeroporto de Papeete

+689 40 866 085   tahitiexchange@hotmail.com

Avis locadora de carro e scooter em Bora Bora

+689 40 677 015 www.avis-borabora.com

Museu Marinho (de barcos)

+689 40 677 524

Tiare Market

+689 40 676 138  tiaremarket@mail.pf

Sofitel Bora Bora Private Island

+689 40 605 600  h2755@sofitel.com

Passeio de barco e aluguel

+689 87 284 866  www.laplage-borabora.com

Centro Médico em Vaitape

+689 40 677 077

Farmácia em Vaitape

+689 40 677 030

OBS: As marcas e empresas mencionadas no post são propriedade de seus respectivos donos/acionistas. Não recebemos nenhum tipo de incentivo das marcas para escrever, e nossas opiniões vem de experiência pessoal, que podem ser muito diferentes de outras pessoas. Também não temos como garantir que os valores aqui apresentados sejam os mesmos que o viajante vá encontrar.

É proibida a reprodução de qualquer parte sem expressa autorização dos autores


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